TV nova para a Copa? Dicas ajudam a escolher o modelo.

Na hora de comprar um novo aparelho de TV, você vai se deparar com uma infinidade de termos que podem complicar a escolha: LED, Oled, Full HD, 4K e HDMI, por exemplo. É importante saber do que se tratam essas siglas e definir, antes de chegar à loja (mesmo a virtual), o tipo de produto que você quer comprar.
“Primeiro defina o produto, depois vá em busca do preço: não se atente apenas às promoções de internet. Tenha claro qual o tamanho da tela, quais os recursos essenciais e experimente o aparelho para entender seus reais benefícios”, aconselha Rogério Molina, gerente geral de televisores da LG.

O que é essencial em uma nova TV?
Como você investirá em um novo aparelho, o ideal é que ele não fique obsoleto em breve. Por isso, especialistas ouvidos pelo UOL Tecnologia indicam as seguintes características como “básicas”. Resolução Full HD (1.920 x 1.080 pixels), conversor digital, entrada HDMI (ao menos três portas) e acesso à internet (há cada vez mais opções de conteúdo online). Caso o usuário seja fã de filmes, o 3D ainda é uma boa alternativa.

Qual tamanho comprar?
A escolha da tela depende do espaço que acomodará o televisor, além do perfil do usuário. Molina, da LG, define: “A distância ideal é aquela que acomode toda a imagem em um campo visual confortável. Com ela, o telespectador não tem de virar a cabeça quando um carro cruza a tela.”
Uma reportagem do caderno Tec, da Folha de S.Paulo, indica as seguintes telas, considerando distâncias mínima e máxima em relação ao telespectador: 75 e 80 polegadas (de 4 metros a 6 metros); 60 e 65 polegadas (de três a quatro metros); 55 polegadas (de 2,4 a 3,5 metros); 50 polegadas (de dois a 2,5 metros); 47 polegadas (1,4 a 2,2 metros); 42 polegadas (1,2 a 1,5 metro) e 32 polegadas (1 a 1,3 metro).
Esta mesma reportagem indica modelos de acordo com o perfil do usuário. O “amigão da galera”, por exemplo, gosta de reunir os amigos e deve escolher uma TV com mais de 60 polegadas. Já o econômico pode ficar nas 40 polegadas e dispensar recursos que tornam o aparelho mais caro, como comando de voz e exibição em 3D.

Vai comprar uma TV nova? Entenda esses termos

LCD
É provável que o consumidor opte por uma TV LCD (tela de cristal líquido), e não de plasma. A tecnologia – forte hoje na versão LED – é a mesma dos monitores de computador, aperfeiçoada para dar maior contraste, brilho e taxa de atualização. Consome menos energia que o plasma e vai de telas pequenas às maiores.

LED e Oled
Essas tecnologias de diodos de emissão de luz oferecem melhores brilho e contraste às telas de LCD. Atualmente, a LED tem a melhor relação custo/benefício: é menos potente, porém mais barata que a Oled. A opção mais cara (Oled), disponível em Full HD e 4K, dá mais qualidade às imagens e é a promessa do futuro das TVs.

Plasma
É a tecnologia mais antiga de televisores finos de alta resolução e, em relação ao LCD, tem como principal vantagem o preço – no Brasil, o foco hoje é a classe C. Só está disponível em modelos grandes (a partir de 43 polegadas), funciona bem em ambientes escuros e consome mais energia que LCD.

3D
Na Copa de 2010, a tecnologia 3D prometia ser uma sensação. Mas ela não se popularizou como o mercado esperava. Hoje está disponível em muitos modelos de TV, apesar de não ser um grande chamariz para os usuários – principalmente pela falta de conteúdo, que basicamente se restringe a filmes.

4K
Também chamada de ultradefinição ou Ultra HD, a tecnologia 4K oferece quatro vezes mais pixels que um aparelho Full HD: são 3.840 x 2.160 pixels. Por enquanto, no Brasil, só há modelos com mais de 50 polegadas. O problema ainda é o preço e a pouca quantidade de conteúdo transmitido com a definição.

Full HD
Opte por um modelo Full HD (Full High Definition), com 1.920 x 1.080 pixels – não menos do que isso. Nem todos os novos programas são transmitidos com esta resolução, mas a TV Globo afirma que isso acontecerá quando passada a fase de transição do sinal analógico para o digital (até 2018).

Smart TV
Assim como os smartphones, as TVs inteligentes oferecem acesso à internet. É possível navegar na web e utilizar aplicativos que oferecem acesso direto ao YouTube, Netflix e redes sociais, por exemplo. Antes de comprar, teste na loja se a navegação é fácil e intuitiva – o objetivo desse recurso é facilitar sua vida, não dificultar.

HDMI
O padrão HDMI (interface multimídia de alta definição) permite a comunicação entre eletrônicos de alta definição. Ele garante, por exemplo, que as imagens e o áudio do home theater serão transmitidos com alta qualidade para o televisor. O ideal é que a TV tenha ao menos três entradas HDMI.

Qual tecnologia comprar?
A tecnologia LCD (disponível hoje principalmente no formato LED) ganhou a batalha contra o plasma. Por isso, as TVs de LED são uma boa alternativa para o consumidor “mediano”.

A aposta para aqueles acima da média – considerando valor a ser desembolsado e exigência na qualidade de imagens – é a novíssima tecnologia Oled. Essa opção oferece um maior nível de detalhamento das imagens e também aparelhos com espessura mais fina (que podem, inclusive, ser curvos). As TVs Oled estão disponíveis em Full HD e também 4K.

Uma TV com definição Full HD atende bem até mesmo aos usuários mais exigentes – na hora de comprar, não leve para casa menos que 1.920 x 1.080 pixels. Atualmente, a melhor definição disponível no mercado é a 4K (3.840 x 2.160 pixels), também chamada de ultra HD ou ultradefinição. Esses aparelhos modernos estão disponíveis no mercado brasileiro, mas cobram pela ótima definição.

Quanto custa uma TV nova?
Há modelos para muitos bolsos, considerando configurações e tamanhos diferentes de tela. Segundo Molina, da LG, a Copa 2014 será marcada pelas telas grandes, a partir de 47 polegadas. Por R$ 3.000, estima, é possível comprar um bom aparelho Full HD com esse tamanho e recursos importantes (conexão com a internet e 3D, por exemplo).

Considerando os extremos, um aparelho LCD de 32 polegadas fica na faixa dos R$ 1.500 (em lojas desconhecidas, esse valor é mais baixo). Já uma TV LED 4K com 85 polegadas chega a R$ 88 mil na loja virtual do Ponto Frio – esta tecnologia de ultradefinição parte dos R$ 6.300 (55 polegadas) no país.

Se consideradas alternativas mais “pé no chão”, uma TV LED de 55 polegadas (LG 55LA6610) fica na faixa dos R$ 4.000, enquanto um modelo Oled Full HD curvo de 55 polegadas e (LG 55EA9800) custa por volta de R$ 15 mil em sites de comparação de preço.

A tecnologia 4K já é uma boa opção ou vale a pena esperar?
Como toda nova tecnologia, a ultradefinição ainda é mais cara que as outras alternativas (Full HD). Além disso, ainda há pouco conteúdo disponível neste formato, que deve chegar ao usuário primeiramente via internet.

O Netflix (serviço que disponibiliza vídeos pela rede), por exemplo, lançou neste ano a série “House of Cards” em ultradefinição. Em um ano ou dois, acredita a empresa, computadores, celulares e tablets também poderão reproduzir vídeos em 4K. Ainda não há planos para a disponibilização de uma mídia óptica (como DVD ou Blu-Ray) para TVs 4K.

Como se trata de uma tendência forte, é provável que a tecnologia barateie e mais conteúdo seja produzido neste formato. Por enquanto, só vale para os telespectadores alucinados por qualidade de imagem ou aqueles que encontrarem esta tecnologia a um preço atraente.

Haverá transmissão 4K na Copa?
Sim, mas será restrita (quem tem uma TV 4K não poderá assistir em casa). De acordo com a Rede Globo, a companhia fará em parceria com a Sony a captação de três jogos realizados no Maracanã em 4K, incluindo a final. Ainda segundo a emissora, as exibições serão em locais onde o público possa assistir – os locais não foram divulgados. Portanto, esta ainda não será a Copa oficial do 4K.

O 3D ainda é um recurso atraente?
Sim, mas não para assistir ao futebol, por causa da pouca disponibilidade de conteúdo. Essa tecnologia é atraente para fanáticos por filmes, que têm mais arquivos disponíveis com efeito tridimensional.

Fonte: www.tecnologia.uol.com.br